terça-feira, 23 de junho de 2009

Trilha com colheita da MACELA - 10 de abril /2009

foto: Elisabeth Estefanello
Na Sexta-feira Santa um grupo participou da tradicional Colheita da Macela em Silveira Martins, com uma caminhada de 12 Km, composta pela trilha do Mirante (repleta da florzinha amarela e perfumada),o belo caminho de Val Feltrina com a Cascata do Mezzomo e a antiga Trilha do Imigrante.
A MACELA é uma planta Medicinal Símbolo do Rio Grande do Sul
desde 2002 através da Lei Nº 11.858 de 5 de dezembro de 2002. Art. 1º - É instituída, como Planta Medicinal Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul a Achyrocline Satureioides, da família asteracea, vulgarmente conhecida como macela ou marcela e por eloyatei-caá em Tupi-guarani. Uma planta cercada de misticismo no Sul do país onde a tradição manda colher as perfumadas flores antes do nascer do sol. Usada no preparo de chás , enchimento de travesseiros é uma espécie muito apreciada pela medicina popular.
• Achyrocline satureioides - planta medicinal do Brasil. Também conhecida como marcela, macela-do-campo, macelinha, macela de travesseiro, carrapichinho-de-agulha, camomila nacional. http://pt.wikipedia.org/wiki/Macela

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Imagens registradas pelo olhar dos caminhantes na Quarta Colônia


Ruína de pedra/Ribeirão-São João do Polêsine/Dulci Ramella/fev.08

Um trecho do caminho

Vale Vêneto e a torre da Matriz Corphus Cristhi/Dulci Ramella/fev.08

zona rural de Faxinal do Soturno/Rafael Isaia/fev.07

Ivorá e a torre da matriz São José / Dulci Ramella/fev.08

segunda-feira, 15 de junho de 2009

CAMINHOS DA IMIGRAÇÃO ITALIANA - 3º EDIÇÃO - 01, 02 e 03 de maio/2009 foto Paulo Doebber



CAMINHOS DA IMIGRAÇÃO ITALIANA – 3º ed.
Data: 01, 02 e 03 de maio de 2009
Local: Quarta Colônia - Percurso total: 52 Km
Esta caminhada é um evento anual que objetiva resgatar a data da chegada dos primeiros imigrantes italianos oriundos do Norte da Itália ao centro do estado do Rio Grande do Sul, formando a ex-colônia de Silveira Martins em 1877, dando origem a Quarta Colônia Imperial de Imigração Italiana do RS, hoje atual cidade de Silveira Martins que neste mês de maio festeja os 132 anos de imigração.
Constitui-se numa caminhada ecológica e cultural, que percorre lugares históricos, trilhas nativas abertas pelos primeiros imigrantes, e permite o convívio com descendentes dos imigrantes e seus hábitos cotidianos, além das tradições folclóricas e variada gastronomia. Ao caminhante é oportunizado o contato com a rica natureza e a experiência de vivenciar alguns saberes e fazeres locais herdados desse heróico povo que sonhava com uma América farta e bela, e aqui encontrou dificuldades que foram superadas pelo trabalho e pela fé, como abrir picada no mato, fazer as primeiras moradias, plantar a primeira roça e sobreviver as adversidades
Assim nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2009, um pequeno grupo de peregrinos oriundos de várias partes do estado do RS estiveram participando de mais uma edição desta caminhada.
1º dia : 01 de maio de 2009 - os caminhantes após a benção dos cajados na Igreja de Santo Antônio de Pádua, em Silveira Martins, desceram a serra fazendo o caminho primitivo da chegada dos colonos italianos que ocuparam em 1877 o Barracão de Val de Buía, hoje Monumento do Imigrante envolto da verdejante paisagem da Serra de São Martinho, tombada como Reserva da Biosfera de Mata Atlântica desde 1992.
Ao longo do caminho a arquitetura típica representada pelos sobrados e casarios preservados encantam pelo tamanho das construções, a maioria em pedra basalto e em estilo vêneto. As águas de um límpido riacho que desce a serra também movem um antigo moinho que ainda transforma a cana-de-açúcar em cachaça e faz a moagem do milho transformando-o em farinha para a tradicional polenta. Uma volta ao tempo em que os moinhos desempenhavam o papel da indústria na colônia. Logo adiante, numa antiga cantina, produtos coloniais são degustados como no tempo dos “nonos”. Numa uma mesa farta estão o salame, o queijo, a cuca italiana, o suco de uva, acrescido do inseparável “pão e vinho” numa releitura das refeições do nosso colono imigrante que aqui chegando providenciou o plantio dos primeiros trigais e das primeiras videiras, mantendo a tradição trazida do Norte da Itália.
Os encontros e as surpresas continuam pelo caminho como apreciar uma das mais belas cascatas de Silveira Martins, onde foi possível molhar os pés, relaxar, sentir o cheiro do mato e ouvir o som das límpidas águas. Energias recuperadas para subir a Trilha do Imigrante, antiga picada aberta no mato ligando o vale à sede da colônia.
A noite em Silveira Martins é reservada para típica comida italiana: tábua de frios com polenta brustolada, salame, queijo, pão e uma quentinha sopa de agnoline regada a vinho e ao som de gaitas e cantorias.

2º dia: 02 de maio de 2009 - o grupo caminha por estradas rurais e visita o sítio histórico da Pompéia composto pela ruína da primeira casa construída por imigrante da família Guerra e uma antiga olaria que fabricou durante anos as telhas que cobriram a maioria das casas erguidas na colônia. Conhecem também o casarão estilo vêneto ainda usado pelos descendentes da referida família e o templo construído no final do século XIX em estilo ortogonal, um santuário dedicado a Nossa Senhora da Pompéia, cuja festa acontece há 100 anos, sempre no mês de setembro, sendo que, neste ano de 2009 o local será transformado em Santuário Diocesano. Dialogando com todo este patrimônio material e imaterial mantido vivo, os caminhantes seguem na direção Sul, saboreando bergamotas à beira das estradas. Adentrando campos, percorrem uma antiga trilha de carretas abandonada há mais de 60 anos, com grandes árvores nativas, curvas que mudam o cenário e uma infinidade de pássaros nas matas. No final, descortina um monte verde, onde um velho sobrado abandonado, isolado na paisagem ainda resiste ao tempo, numa típica arquitetura de pedras com sacada de madeira, um monumento do passado, solitário que faz parte desta história. O rumo novamente é uma estrada com pequena e singela capela à beira do caminho, a mais antiga de Vale Vêneto e dedicada a São Valentim. Uma parada numa propriedade rural típica do vale, com secular sobrado de 128 anos ainda em pé, cujos dormitórios são decorados com mobiliário original como o baú, a máquina de costura, a cama de madeira, o cabide extenso de madeira preso na parede que servia para pendurar as roupas da lida diária do colono. Constitui-se no mais antigo sobrado em ótimo estado de preservação na região da Quarta Colônia. Depois de ouvir relatos históricos da família é hora de degustar licor de nozes ( raridade da região herdada por família de imigrantes) e comer gróstolis, ( bolacha frita conhecida como cueca virada) e depois seguir a estrada acompanhando o deitar do sol que ainda banha seus últimos raios sobre a torre da Igreja Corphus Cristhi, no distrito turístico de Vale Vêneto ( em São João do Polêsine). Alguns procuram o banho na pousada, outros umas geladas e grandes pastéis no bar, enquanto outros curiosos caminhantes participam da missa especial, com coral e comemoração de “bodas de diamante” (60 anos de casamento) de um casal da comunidade. Um encontro com a fé e religiosidade dos descendentes. O jantar segue mais tarde no refeitório do antigo colégio das irmãs do Imaculado Coração de Maria, hoje Pousada. Polenta não falta e muito menos o caloroso acolhimento das irmãs e seus produtos ecológicos da horta e do pomar.
3º dia: 03 de maio de 2009 - deixar o recanto de Vale Vêneto e subir até a Linha Base que fica no alto do morro, significa percorrer a Trilha Bela I, passando antes pelo capitel de São Patrício, protetor de mordedura de cobras. A subida verdejante e extensa se prolonga montanha acima. Alguns ficam para trás, mais lentos para apreciar a paisagem e descansar da forte subida. No final da trilha, o momento é único, avistar o Vale Vêneto do alto do mirante da Capela Santo Anselmo em Linha Base. Momento imperdível pois o vale estava coberto de neblina deixando ver traços de seus prédios parecendo estar mesmo flutuando entre as nuvens. Ouvindo as histórias do lugar, os caminhantes deixam Linha Base e seguem agora entre matas e lavouras chegam finalmente à estrada que os conduz à Silveira Martins podendo avistar a torre da Igreja de Santo Antonio de Pádua. Hora do banho, arrumar as malas, e depois do tradicional “Café da Colônia”, receber o certificado e seguir viagem a suas cidades de origem. Na bagagem com certeza, levarão as histórias da imigração e as belas imagens da Quarta Colônia!

Texto: Carmen Lorenci

Onde estamos: em Silveira Martins - Igreja de Santo Antônio de Pádua com a única torre cilíndrica da A. Latina em estilo bizantino românico

sábado, 13 de junho de 2009

Um pouco da nossa história. Afinal seguimos a caminhada!

NA TRILHA ECOTURISMO & AVENTURA
“ no berço da Quarta Colônia”
As atividades tiveram início em 1999 em Santa Maria, nascendo o nome Na Trilha com a missão de ministrar o Primeiro Curso de Rapel que durou até 2005, englobando na época atividades de trilhas ecológicas. Somente a partir de 20 de fevereiro de 2002, surge ainda em Santa Maria a Agência Na Trilha Ecoturismo & Aventura, empresa voltada para turismo receptivo, ecoturismo e turismo de aventura .
Pioneira na região Central neste segmento, atuando sempre com profissionais da área do turismo e meio ambiente, participando de feiras, fóruns e eventos da área, aperfeiçoou seus conhecimentos técnicos na operação de caminhadas de longa distância inseridas principalmente na região da Quarta Colônia atraindo visitantes de todo Brasil e dos países vizinhos.
Vivendo um novo momento profissional, a partir de 15 de maio de 2009 a empresa passa a operar em Silveira Martins, agregando ao seu setor uma Pousada com 16 leitos com serviço de café da manhã no estilo de Café da Colônia. O local passa a ser um Espaço de Convivência para acolher peregrinos das caminhadas, o que tem servido a outros visitantes, contribuindo assim, com o desenvolvimento turístico sustentável do município de Silveira Martins e da Quarta Colônia.
O trabalho é desenvolvido por profissionais capacitados nas áreas de turismo, meio ambiente, relações públicas, desing.

Carmen Lorenci
sócia-gerente